O petista garantiu que vai defender junto a chapa socialista as mesmas ideias pelas quais sempre trabalhou
Imagem: Nando Chiapetta/DP
Com a convenção do PSB já em andamento, o senador Humberto Costa (PT) chegou ao encontro para se unir ao governador Paulo Câmara (PSB), a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) e o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), seu companheiro de chapa na disputa pelas duas vagas do Senado. O atraso dele foi justificado pela participação do senador na convenção do PT que também ocorreu ontem. A reunião, no entanto, foi apenas uma formalidade uma vez que o seu partido retirou o nome da vereadora Marília Arraes (PT) da disputa para o governo do estado.
Inicialmente, Jarbas e Humberto se posicionaram em lados opostos no palco oficial do evento. O gelo entre eles foi quebrado pelo próprio Humberto. “Quero dizer que estou aqui ao lado do ex-senador e ex-governador Jarbas Vasconcelos. Muitos certamente questionam como pessoas que sempre estiveram em posições diferentes estão juntas aqui. Nós estamos juntos por Pernambuco, pela Frente Popular, por Paulo. Nós estaremos juntos pelo Brasil”, cravou o petista.
Em seguida, ao se dirigir para os poucos petistas que estavam no local, Humberto afirmou que a participação dele na chapa socialista será para defender “as mesmas ideias que defendi e pelas quais eu trabalhei. Como senador procurei representar Pernambuco a cada momento e cada instante”, ressaltou, citando a atuação dele para evitar a saída da Hemobras de Pernambuco e o fechamento do Estaleiro Atlântico Sul.
Em entrevista, o senador, que já havia justificado o retorno do PT à Frente Popular em seu discurso, falou sobre o acordo com os socialistas. “Nós precisávamos e precisamos consolidar o conjunto de partidos em torno da candidatura de Lula (PT) ou eventualmente, se ele não for candidato, de quem o substitua e o apoio do PSB, ainda que não seja formal, nos ajuda a trazer, como já trouxemos, o Pros nacional e vamos trazer com certeza o PCdoB”. Em relação a Marília Arraes, Humberto disse que o que ela fez foi “sensacional” com a militância e que o PT espera que ela continue fazendo. “Vamos conversar com Marília para saber o projeto que ele pretende seguir”, comentou o senador, acrescentando a eleição para Câmara Federal como uma das alternativas.
Questionado se não temia mais protestos por parte da militância, Humberto resumiu: “o protesto que tinha que acontecer já aconteceu”, declarou referindo-se à reunião do diretório estadual que aprovou a candidatura de Marília, mas que foi retirada pela nacional. Na ocasião, o senador foi vaiado e chamado de golpista.
Jarbas Vasconcelos, por sua vez, manteve o estilo discreto. Em certo momento, quando a militância puxou o coro “Lula livre”, ele chegou a balbuciar timidamente o slogan em favor do petista, que está preso em Curitiba. Em rápido discurso, pouco mais de dois minutos, o emedebista enalteceu o governador. “Para enfrentar uma crise que cresce constantemente é preciso ter firmeza, é preciso ter comando, é preciso ter um governador que tenha uma visão mais ampla possível. Paulo você preenche todos esses requisitos, de homem público correto, leal e aquilo que talvez seja o mais importante para opinião pública você é uma pessoa honesta”, destacou Jarbas.
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